Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Textos longos são como amores de ano todo: longos, complicados, invernosos demorados.
Tenho na escrita, hoje, amor de verão. Intenso, fogoso e de término de temporada. Pequeno. Caloroso. Meia dúzia de palavras. Dezenas de beijos e toques apressados. Vai doer – é certo. Mas, será longo, eterno e durador até quando durar. E que, que dure para sempre: amor e lágrimas. Saudade.
ando perdida em tantas lutas, que, na maior parte delas,nem sei como me tornei guerreira.
Mata-me o medo. Os fantasmas já aprendi a matar.
macramé
As letras abandonaram-lhe os dedos. Os olhos. E o ser. De certo fogem das trevas daquela alma que era texto e é mágoa. As letras tendem em secar na amargura. Agora sabe-o.
Leva-me para casa. Não precisamos de ter pressa desde que me prometas que não paramos pelo caminho.
Estou cansada. Leva-me de volta para as paredes que me conhecem. Talvez assim eu volte a ser quem era.
Leva-me. Não me faças perguntas. Doí-me o ser. Não esperas que eu seja, sê-me que espero me ser quando me levares para a casa em que sempre me fui.
Nunca andei tão enervada na vida. Sempre em ponto de ebulição. Sempre com dores de cabeça. Sempre com o corpo tenso e dorido.
Sempre de mãos tremolas e sonos atribulados. Suores. Frios e quentes. A praguejar. Sempre com vontade de gritar. E fugir.
Nunca me senti tão frustrada, tão mergulhada em revolta como hoje. E como amanha. E no dia que se lhe segue.
Sinto-me mais sozinha do que nunca. A falhar mais do que nunca. A perder mas do que nunca. Mais capaz e mais incapaz do que nunca.
Ando sempre a olhar por cima do ombro. De arma em punho.
Perdida. Acho que nunca me senti tão patética e conscientemente perdida.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.