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Há um ano rodopiava num carro, rumo ao desconhecido. Demorei o que me pareceram horas a parar. Não senti nada. Não vi nada. Só me agarrei o volante com força, talvez com a mesma força que me agarrava à vida.
Nunca pensei em morrer. Só depois, deitada na ambulância, presa com mil e um atilhos a uma maca, sem conseguir mexer um dedo, depois da adrenalina ter desaparecido pude refletir na sorte que tinha.
Não penso muito no acidente. Já quase não sonho com ele.
Mas, sinto-me imensamente grata. Por me salvarem. Ou por não ser a minha hora. Sinto-me imensamente grata por me terem deixado viver. Pelos astros estarem alinhados. Grata por estar viva. Ainda tenho tanto para viver…
Aquele 20 de Agosto, por volta das 13.40, ao som de Rise, foi um belo dia pra ficar.
Feliz primeiro aniversário.
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