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As luzes da rua cegam-lhe os lhos enquanto o carro segue sereno pela rua deserta.
Queria poisar as pestanas longas nas bochechas redondas, tão murchas de sorrisos quanto de vontade de rir.
Queria dormir. Acordar e dormir outra vez. Sem pausas, até o corpo e a mente se voltarem a encontrar longe daquela dormência que lhe toldava os ossos.
Queria voltar. Sem ter que estar sempre a partir. Queria começar de novo. Sozinha, sem nunca estar só.
Queria ouvir a música dos outros e dançar sempre ao som das suas baladas.
As luzes batem-lhe nos olhos. Iluminam-lhe da réstia de esperança que lhe resta por detrás deles. Segue viagem, rua fora. Serena. Em sobressalto.
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