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Hoje...
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Não fui uma das selecionadas para trabalhar no jornal. Não me sinto mal por isso - estava isenta de esperança e expectativas, e não é nem será isto que algum dia me fará duvidar das minhas qualidades como profissional - nunca.
Obrigada pelos dedos cruzados, e lamento – por vocês, que torcem por mim – ainda não foi desta.
Antes de mais tenho que agradecer a todos que, não fazendo ideia do que se passava do lado de cá, foram deixando aqui, nos últimos dias, comentários fofinhos de incentivo - obrigado.
Não sei há muito tempo desta entrevista, não estava à espera e foi uma coisa assim de repente; mandei um email, respondendo a um anuncio para um jornal (por sinal concorrente do que eu estagiei da outra vez) e em menos de 24 horas marcaram-me uma entrevista.
A coisa correu bem - decerto, mesmo que a coisa não dê em nada, tenho a impressão que por aquelas bandas se lembrarão de mim por uns tempos (fiz questão que isso acontecesse).
Claro que a isto for para a frente tenho (mais) um problema em mãos: tenho um contrato assinado com outra empresa que, por sinal, só me liberta em Setembro.
Porém, e como estou a tentar ser zen, só me vou preocupar com isso depois e caso seja necessário (é bastante provável que não o seja visto o numero de pessoas existentes para uma vaga, e claro que as condições do trabalho são assim para o precário).
Esta foi a primeira entrevista na área depois de terminar o curso - soube bem.
Há precisamente um ano, saía da redação do jornal com o estágio terminado e um sorriso rasgado, certa de que sabia mais do que nunca, que era melhor do que nunca.
Não estava errada, estava sonhadora e esperançosa. Estava bem...
Diz-se que lhe faltam uns papeis..
Ela diz que está feliz, muito feliz e que é jornalista.
A defesa correu bem. MUITO bem!
Vim para casa babada com os elogios e com um 18 no bolso.
A cada passo dado sei que me aproximo da porta.
As janelas já não existem – as abertas e as fechadas ficaram para trás, noutro tempo.
Agora é a porta e para a porta em linha reta. Sem escapatórias.
Esta que segue em passo seguro alternado de passo vacilante não e a mesma que entrou neste longo labirinto.
Esta é mais completa, mais viva. Maior – em altura, letra, pensamento e vida.
São cada vez menos os passos. E a cada um deles o medo cresce e a ansia avança.
Mas, ela não para. Sabe, agora sabe, que a porta é só mais um começo. Que a porta, inevitavelmente, é dela e para ela.
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