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Estou em Nazaré. Viemos tarde, mas, viemos.
Tenho o coração leve como uma pena. Carregava tanto peso nos últimos tempos que já nem sabia como era ser assim: feliz. Leve.
Ontem escrevi a crónica que mais sucesso fez desde que comecei com o “Se ela diz”.
Recebi mensagens de caloiros, ex-colegas e do tema himself – um professor.
Sabia que seria arriscado escrever sobre o dito cujo professor, mas este é um luxo que só agora me pude dar, agora que deixei de ser aluna.
Depois de lhe ter rogado pragas, pragas, pragas e mais pargas, de ele me ter cortado as penas vezes e vezes sem conta, foi a pessoa que mais me elogiou na (épica!) defesa de relatório.
E foi aí, nesse momento, que o passei a compreender. Que percebi que a sua “maldade” aparente não passava de exigência desmedida e confiança cega nas capacidades de insistência e persuasão que eu – mesmo sem saber, tinha.
Mereceu a crónica! E ao que parece, gostou da mesma.
Sabe bem. Muito bem.
Ora bem… ontem prometi uma explicação, depois desprometi-a, tal era o choque, a excitação e as dores de cabeça de quem, no meio da aventura, a perdeu (a cabeça, claro está!).
Mas, hoje, depois de uma noite – mais ou menos, bem dormida e de um toque de telemóvel novo, posso contar-vos mais calmamente tudo o que aconteceu antes do tão aclamado vídeo da minha vida.
Em linhas gerais, em todos os concertos da Stronger World Tour, que é como quem diz, esta última digressão da Kelly Clarkson, é pedido aos fãs que escolham uma música de outro cantor para ela interpretar em palco. Este fan request é feito através das redes sociais – twitter e facebook.
Sempre deliciada com novos covers, nunca me tinha ocorrido pedir uma música para mim. Dizia-o de mim para comigo: “ela devia cantar isto”, mal ouvia algo na rádio, na internet ou me lembrava de alguma BOA música mas, não fazia nada para a ver canta-la.
Até que, há cerca de duas semanas, decidi criar um (abençoado!!) twitter. Se primeiro o achava desnecessário, passado umas horas já me tinha apaixonado por tal rede social.
Fã ávida como sou, a primeiro pessoa a quem segui, foi, claro está Kelly Brianne Clarkson.
Depois, numa tarde qualquer – depois da minha dose diária de envio de currículos, decidi – por pura diversão, enviar-lhe o tal fan request. Sem nada esperar, lá escrevi que gostava de a ver cantar “Remind me” (música que já aqui falei, do Brand Presley e da Carrie Underwood).
Nesse concerto, a Kelly cantou a pedido de um outro fã. E eu, sem me lembrar do meu próprio pedido, deliciei-me com o novo cover.
Mas, como não pago mais por isso, lá mandei mais um fan request para o concerto de ontem, dia 5: o mesmo. Mas, quem manda um, manda dois ou três, de rajada, pedi Blown Away (Carrie Underwood) e I was Here (Beyoncé).
E, muito sinceramente, jamais na minha vida a imaginei a escolher o meu pedido. Deve receber tweets de fãs aos milhões, então, porquê o meu? Porque se daria ao trabalho de o ler? De o encontrar no meio de tantos (sim, é a Kelly quem escolhe a música que vai cantar)? NUNCA, jamais, em tempo algum pensei que seria a escolhida. Nem mesmo quendo este tweet surgiu. Apenas pensei: “oh que giro, mais alguém sugeriu a mesma musica que eu! Quero tanto ouvir!”.
E mais nada. Passei o dia fora de casa, em família, sem imaginar por que bocas andava o meu nome por aquelas horas.
Mas, foi à noite, quando pesquisei à procura da musica, que no meio de palavras imensas ouvi o meu nome. Senti gelo nas veias. Gelei por completo, pensando ter ouvido mal. Não podia ser! Era impossível.
Então, ouvi de novo. E de novo e de novo. Arrepie-me e sentei-me. Sem reação, num misto de alegria inexplicável e choque. Num transe que me transportava até à Austrália, a Perth, onde Kelly Clarkson dizia o meu nome.
Durante as horas que se seguiram, ri e chorei ao mesmo tempo. Fiz coisas parvas e disse-as em igual dose, sem me importar com tal facto.
Sei que, graças à minha irmã, há um vídeo ridículo meu telemóvel, onde, de mão na cara, meio riso, meio choro, à gargalhada, onde digo coisas sem sentido. Coisa parva, parva, parva, mas feliz, feliz, feliz.
Porque não é todos os dias que estas coisas acontecem. Kelly Clarkson, vencedora do American Idol, banda sonora da minha vida, fonte de inspiração, cuja imaculada face descansa sob a forma de capa de CD na minha prateleira disse o meu nome e dedicou-me uma música, uma das minhas favoritas, depois de ler um tweet meu para a sua pessoa.
São momentos irreais que se passam na real vida de alguém, aquele momento estranho e especial em que a pessoa que tu segues afincadamente, ao longo dos anos, nota a tua existência, te chama pelo nome, assim, simplesmente e de forma natural, como se falasse de um amigo de loga data.
E sim, 10 anos depois, e pensando eu que não a podia amar mais, enganei-me. Ontem ela aumentou o meu coração, e consequentemente o meu ego.
Agora, até logo, que vou ali ouvi-la chamar por mim, uma e outra vez, arrepiando-me e duvidando da verdade a cada vez que o faz!!
Amanhã, amanhã conto tudo.
Por hoje, ainda estamos assim:
Quero muitooooooooooooooooooooo contar-vos o que acabou de acontecer, mas estou mergulhada numa onda de sentimentos contraditórios todos eles Felizes, claro está!
Ainda hoje prometo um texto organizado e claro onde vos conto tudo!
Por agora deixo-vos o vídeo. O vídeo que mudou a minha vida e me tornou mais feliz.
O vídeo em que a minha cantora favorita, para além de dizer o meu nome, me dedica uma das minhas músicas favoritas…
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