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A minha irmã comprou-me Skittles.

 

(para quem não sabe são uma espécie de caramelos de diversos sabores - sabores dos céus.)

publicado às 00:27

Grândola, será sempre morena

por Marina Ricardo, em 25.04.13

Grândola Vila Morena, manifestação de 2 de Março de 2013, Porto.

publicado às 23:00

De braço dado

por Marina Ricardo, em 16.03.13

O teu braço dado no meu braço.

Assim entrelaçados como antigamente.

Tua mão pendida entre meu braço e teu braço.

Já ninguém dá os braços.

Nunca ninguém dará o braço como nós dávamos.

Vou pela rua e não vejo ninguém de braço dado. É uma pena. Não sabem o que perdem.

Eu sei o que perdi - o teu braço no meu braço, assim entrançado como quando me chamavas menina.

Perdi teu braço em meu braço...

 

publicado às 15:27

Útil

por Marina Ricardo, em 31.01.13

Devia fazer do tempo útil. Gasta-lo assim como se gastam notas, assim como o gastam os amantes,  assim útil.

Devia fazer do tempo útil. Esquecer de te querer, parar de te suspirar, assim, parar, ser útil.

Devia fazer do tempo útil. Apagar o teu nome, riscar-te do calendário, e rasgar-te do pensamento, assim útil.

Devia fazer do tempo útil. Deixar de te querer e de te amar e de te odiar... deixar de te... Ser útil.



publicado às 00:47

Peito

por Marina Ricardo, em 30.01.13

Apareces-me em sonhos sob essa capa negra. Entras assim de mansinho, abres essas portas e janelas minhas e instalas-te no salão principal.

Agarras meu coração morto, com essas mãos sujas desse sangue que me pertence, desse que por ti chorei.

Surges assim sob esse manto de nuvens trazendo teu nome ao peito, peito esse que levas quando acordo, quando vivo e te amo.


publicado às 00:47

28 de Janeiro

por Marina Ricardo, em 28.01.13

Há precisamente um ano, saía da redação do jornal com o estágio terminado e um sorriso rasgado, certa de que sabia mais do que nunca, que era melhor do que nunca.

Não estava errada, estava sonhadora e esperançosa. Estava bem...

publicado às 19:47

A tralha que vai na minha cabeça

por Marina Ricardo, em 16.01.13

A letra disto, por exemplo.... ó Jojo.....

 

publicado às 18:47

Arrumações de sexta-feira

por Marina Ricardo, em 04.01.13

publicado às 19:37

2012, o balanço

por Marina Ricardo, em 31.12.12

Podia facilmente começar este texto com frases da letra de “Catch My Breath”. Seria mais simples, pouparia palavras.

E, no fundo, este foi um anos de respirações, de suspiros mais ou menos prolongados, mais ou menos animados, suspiros de todos os tipos, sempre mais que menos.

2012 foi o ano da mudança – o ano que 1991 projetou, o ano em que cheguei a uma paragem desta viagem a que muitos manuais teimam em chamar vida.

Passei de estudante a finalista, de finalista a desempregada, de desempregada a jornalista de supermercado e por fim voltei à estaca zero.

E zero é bom. É folha em branco, pronta a ser desenhada, escrita, recortada, dobrada – para o ano posso ser origami, quem sabe.

Cresci, oh, como cresci – nunca pensei que se podia crescer tão alto! Mas, pode-se, não há limites de altura, altura e coração.

Conheci-me mais e muito melhor. Enterrei vivos que ainda me faziam falta, e depois plantei-os no coração e voltei a aprender a rezar, por eles e por mim – algo que tinha esquecido propositadamente.

Descobri-me no meio de jornais, depois de pensar que eu lá não pertencia. Fiz entrevistas a desconhecidos, criei fontes telefónicas e passei a conhecer bombeiros pela voz.

Tive certezas e chorei de dúvida – talvez tenha sido o ano da minha vida em que mais vezes chorei, sem nunca ser chorona.

Plantei girassóis, apaixonei-me por pássaros, criei gatos, tomei banho vestida de preto e branco em fontes, de noite e de dia. Fiz promessas de para sempre, e vim a descobrir que sempre não tem prazo de validade.

Tatuei palavras na pele, sem as escrever. Tirei fotos de grupos eternos da memória. Subi ao céu e desci ao inferno – tudo em poucos minutos. Gritei, senti-me traída e injustiçada. Ri, ri muito, e cantei a plenos pulmões, no meio de gente, muita gente que cantava como eu. Esqueci o mau, quando pensei que este estava cravado na em mim eternamente, e fixei o bom nas entranhas.

Cortei o cabelo, fiz do preto a cor padrão das minhas unhas. Comprei sapatos, blazers e colori-me, como as crianças fazem nas sebentas.

Conheci novos amigos e conheci a face de quem já conhecia o coração.

Fui pirata em terra, feiticeira no mar. Brisa no inverno, vendaval no verão. Furacão a maior parte do tempo.

Deixei de viver aqui e ali, ficando apenas aqui – deixei um senhorio mais pobre. E tive crises. Crises, crises como as crises que por aí andam.

Deixei o estômago arder em brasa, sob a desculpa crónica da gastrite. E, cozinhei, cozinhei muito, melhor e bem.

Decidi que quero escrever um livro em breve, e as palavras decidiram que me querem dar folga – decidi não desistir.

Aprendi a distinguir maçã golgen, de maça fugi, de starking, de pink lady, atribui-lhe códigos e pesei-as milhares de vezes. Vendi coisas, sem o tentar fazer. Usei uma empilhadora e fiz anéis.

Adoeci e corei-me. Corei-me de doenças e de pessoas. Vi o sol nascer e tive esperança. Perdi capas, proteções e defesas, cobri-me de esperança, perdi a esperança, por achar pesada, despi-me, adornei-me de esperança.

Li muito, apaixonei-me por personagens, vi muitos filmes e series. Sofri por sagas e por atores que lhe dão vida. Algures por terras australianas alguém me deixou “Blown Away”.

Amei – como amei! Quem devia e quem não devia, da forma certa e errada. Em silêncio e ao som de gargalhadas. Mas, amei, e o amor é essencial.

2012, fez-me mulher, fez-me feliz. Obrigada pelos dramas e dores, pelas alegrias e sonhos realizados e por realizar. Que te propagues em 2013.

E que seja bom, que seja um bom ano!

Feliz 2013 para todos e obrigada por todas as aventuras que partilharam e partilharão comigo!

 

 

publicado às 17:17

Duas

por Marina Ricardo, em 04.12.12

Dividi-te em duas.

Passado e Mágoa.

Separei-te em duas para manter em mim a melhor parte de ti.

A essência, não o medo.

Parti-te em duas e agora não sei como te juntar.

Amor e dor, com cova ao meio. Sem ponte.

Dividi-te me duas para não te perder. Mal eu sabia que já te tinha deixado ir, mal eu sabia que te ia querer de volta.

 

publicado às 01:27


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