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Sempre gostei do meu local de residência. Sempre me agradou a pequenez da área, o facto das pessoas se conhecerem e toda a paisagem da zona.
Mas, quando tive de sair para estudar fora, tornei-me estupidamente patriota. Já não digo de a que Distrito ou Conselho pertenço – digo a vila quando me pergunta onde vivo, ou de onde sou.
Repito vezes e vezes sem conta: “ Temos duas Igrejas, uma Santa, Policia e um Museu”.
Não é natural em mim – é algo sem explicação.
Por aqui, temos tradições bonitas – como a festa da padroeira, hoje, dia de Páscoa; o recolher das cruzes…. – coisas que eu gosto, mas que apenas participo como expectadora. E claro, temos falhas colossais, como em todos.
Porém, sinto que devo algo às minhas raízes, que tenho de falar delas para que saibam que aqui, à beira-mar, existimos.
E assim, contra todas as leis da natureza, tornei-me estupidamente patriota, na terra dos outros.
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