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“Coisas comos estas não acontecem. Não a ti.” , avisa-me o meu cérebro realista, de 5 em 5 minutos.
“Eu sei, eu sei”, respondo-lhe sempre – ele precisa de respostas para amainar.
“Mas, e se…”, diz-me ele também, “E se, desta vez receberes um bónus? Um descanso, um tempo de tréguas? Isso acontece – muito, na vida dos outos...”
Eu, encolho os ombros, e sorrio de mim para mim, repetindo incessantemente: “A minha vida, pode, assim, sem mais nem menos, ser como a dos outros”.
Ele, o meu cérebro, a minha essência, a minha alma, e eu, suspiramos ao mesmo tempo, em uníssono enquanto dizemos “Ainda nem chagaste a casa, e já planeias partir de novo! Haja quem te entenda, te agarre e te ampares, sua viajante de terras dos outros!”
No meio de todo este diálogo não há como não rir…
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