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- Que tens feito? - perguntou-lhe a amiga.
- Ahh... - hesitou. O que é que eu tenho feito? – disse para si mesma - Como é possível não me lembrar!! Ó meu Deus! Eu não sei!!
- Oh Vá lá! Conta! - pediu a outra expectante.
- Nada de interessante - mentiu, enquanto a sua face corava.
A restante conversa tornou-se um monólogo. Ela apenas queria saber o que era feito da sua vida, a outra apenas falava dos seus psedo-dramas.
A verdade é que ela está assoberbada, cansada, preocupada...
Como poderia tomar conta da sua vida, ou melhor preocupar-se com a criação de algo, se a vida dos outros que a rodeavam estava em ruínas?
Não seria prioritário reconstruir as casas à sua volta, a fazer as fundições da sua?
Ela acreditava que sim. A sua casa não era importante. Poderia sempre pedir abrigo na casa dos outros, não era?
E enquanto isso, enquanto erguia de novo as casas ao seu redor não teria de se preocupar de novo com a sua.
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