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Há uma fenda na parede da lavandaria. Não sei como lá foi parar, se foi alguém que lhe causou tal dano, ou se o azulejo sempre foi assim - rachado.
Nem sei como fui repara nela, ou porque motivo, a sua forma magoada, me perturbou.
Sei, que na altura que o vi, apenas procurei um pormenor que me abstraísse do que se passava à minha volta, algo que me ajudasse a bloquear a realidade que teimava em entrar-me pelo corpo. E o azulejo foi o escape perferito.
Sei também que senti em relação ao azulejo o mesmo que senti e relação à realidade – o sentimento de impotência. Não posso fazer nada quanto à fenda, e nada posso fazer em relação à realidade em que estou inserida.
É a vida…
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