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Sou como um livro. Há quem me conheça pela capa. Quem já me viu numa prateleira, e quem nunca me vislumbrou. Há quem gostou ou não de mim, apenas pela sinopse, ou pelas ilustrações. Há quem simplesmente me desvalorize por elas. Há quem apenas pretenda viajar comigo, sabendo que nunca me lerá, não me entenderá, e nunca me irá conhecer, mesmo que tente. Há quem viaje em mim, mas não o queira fazer, e há quem eu dispenso que o faça. Há aqueles que jamais me terão na mesinha de cabeceira, poisada, e pronta a abrir. Nunca. Há aqueles que me desfolharam, me arrancaram páginas, e rasgaram a capa sem dó nem piedade. Há outros que me pegaram gentilmente, me leram e me deixaram chegar-lhes à alma, com as minhas páginas. Esses, a quem eu marquei, a quem a minha história tocou bem lá no fundo, guardo-os bem cá dentro, onde mora o coração.
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