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O Tobias é o meu gato. E, é, sem sobra de dúvidas, ao mesmo tempo, o meu maior amigo, e o meu maior inimigo. Isto porque a cada dose de risadas e brincadeiras, levo, para doce recordação, umas valentes arranhadelas.
E não sou só eu que acabo ferida. De entre todos os seus delitos mais graves – para além das agressões à minha pessoa, temos desde actos de vandalismo para no sofá da sala, aos bibelôs-agora-caco do quarto dos pais.
Mas, mesmo depois de umas quantas ordens de despejo, ele continua por cá. Tudo porque o Tobias sabe ser um grande anfitrião.
Enquanto não há visitas pela casa, ele fica caladinho a fazer as suas malandrices e a atacar os pobres coitados cá da residência. No entanto, quando há pessoas desconhecidas, em vez de mostrar as unhas, o Tobias, é manteiga - todo simpatias e meiguices! E é vê-lo, de rabo para o ar, a espalhar o seu charme pelas divisões da casa.
É por estas e por outras, que o Tobias, o gato falso como um Judas, ainda não foi deportado.
(Foto da minha autoria)
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