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Estou cansada de ser bem-educada, de sorrir, de dizer que nada se passa, que compreendo e aceito. Estou cansada de idealizar, de sonhar, sorrir e de viver despedaçada.
Estou cansada. Tão cansada. De rastos. No chão.
Na verdade, não compreendo, não aceito, não percebo, não quero, quero mais, detesto que seja tanto, quero menos, desejo a medida certa, quero gritar, prefiro o silêncio.
Quero sair, deixem-me ficar. Quero que me juntem, me apertem, me abandonem partida em peças, pelo piso. Prefiro subir, mas tenho de descer.
Estou cansada, tão cansada. Estou exausta.
Amanhã melhoro. Porque não?
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