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Há dias em que o ar rareia nos meus pulmões. É incapaz de entrar pelas minhas veias respiratórias e de me oxigenar o cérebro.
É então que paro e fecho os olhos.
O oxigénio – anteriormente inexistente, começa a penetra as minhas células, entra no meu sangue muito lentamente.
E quando a respiração está a regular e o desespero se afastou, abro os olhos e sigo viagem.
Sei que um dia o ar que me alimentou será o mesmo que alimentará a fogueira do juízo final.
Mas, quando esse dia chegar sei que dei todo o meu oxigénio, até ao meu último suspiro, para o fogo que me consome seja forte e duradouro.
Dei todo o meu oxigénio para que as chamas começassem.
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