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Desde sempre que minha melhor amiga me chamou sensacionalista. Sempre acontece algo e eu reproduzo a historia oralmente, era sorri e diz “Não foi bem assim…!”.
E, depois, quando comecei a escrever mais afincadamente, alinha repetia-se – o sensacionalismo, o “embelezamento” das historias.
E nem agora, no jornal, que o sensacionalismo nem sempre é nem visto. Sou acusada do mesmo.
A minha primeira grande peça – a que fez capa, foi um caso de abuso de menores e agora, esta semana escrevi, entre outras coisas trágicas, sobre um caso de tentativa de assassinato de um pai a um filho.
E é o “desde que para cá vieste é só disto que nos aparece!”, “ porque não pedes emprego no correio da manhã?”, “começas-te com um
suicídio… nunca mais foste a mesma!” acompanhado por risos – meus e dos outros.
Eu não tenho culpa que as minhas fontes me arranjem (só?) destas coisas…. Eu não sou sensacionalista, sou pseudo-escritora!
Além do mais, o sensacionalismo tem, assumidamente, um fraquinho por mim…
Seguimos viagem pelo labirinto que nos levará ao desconhecido.
Aguentamos firme – arrastamos as pernas, seguramos o coração.
As mãos doem. Há frio cá fora. Há mais frio cá dentro.
Eu e Eu mesma, estamos sozinhas. Por unanimidade decidimos não parar.
Os prédios que se erguem à nossa volta são habitados por quem não nos vê – quem nunca nos verá.
Seguimos, porque desistir agora não seria solução. Agarramos o coração com mais força, apertamo-lo – coração apertadinho. Ele bate. Estamos vivos. Isso é que importa
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