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Endoscopia
Mandei-a embora e fiz-lhe o funeral. Enterrei-a, a ela e às teias que a envolviam.
Corei-lhe a vida e decorei-lhe a morte com flores vivas e de cores alegres.
E cortei o meu cabelo, marcando a despedida.
Ela ardeu no fogo da minha mudança e desapareceu. As suas cinzas voaram. Algumas – poucas, ficaram coladas a mim.
Os meus olhos viram o que ela jamais será capaz de sonhar.
Ela, eu, viveremos para sempre juntas. O nosso corpo é o mesmo. A nossa mente, essa, jamais será partilhada. Ela é passado, eu presente e futuro.
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