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Hoje, dois meses depois da última vez, voltei à redação do jornal.
A visita soube melhor do que bem. Gosto daquele ar quente, da confusão e das pessoas.
Gosto de me sentir nervosa ao pisar a soleira da porta – sabor a responsabilidade, medo e prazer.
Gosto de saber que lá sou bem-vinda, reconhecida e relembrada por “aquela que fazia machetes e apanhava choques”.
Gosto. E quero voltar. Um dia.
Dei todo o amor que tinha.
Dei todo o amor que tinha ao meu amor. Ao amor que sonhei.
Dei todo o meu amor, ao amor que pensei amar.
Dei-lhe. Dei-lhe tudo, em tudo, de tudo. Por nada, sem nada. Nada, nada…
Dei-lhe o interior. O meu. Todo o meu interior.
Dei todo o amor, o meu amor a quem pensei que me amava.
Dei-lhe o coração, as veias e as entranhas. E o sangue com que ele me pintou. Me pintou a face, me marcou a sangue.
Dei todo o amor, ao amor que imaginei que amava.
E nada, nada recebi em troca. Nada do tudo, tudo e todo o amor que dei.
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