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Sport Zone
Vejo-te por entre uma espessa parede de vidro, fria, fusca, alta e interponível.
Não te oiço e não me olhas. Penso que assim o decidiste no momento que seguimos caminhos sem retorno um para o outro.
Mantivemo-nos no compasso descompassado das horas que não passamos juntos. E não mais nos sentimos.
Observo-te sem te ver. Pensas-me sem me saber.
Em sonho te mato e te renasço, em ti fico e de ti parto. Sempre aqui, em linha com este vidro que não acaba nem começa onde eu inicio e tu tens fim.
E tu, a ti te vejo na procura incessante do que tens sem saber por detrás do vidro que nos separa: quem te esqueceu, te perde e te vai asfixiando por não mais te respirar aqui, neste espaço onde jamais entras e quem te espera, quem mesmo sem querer e sem saber te vai esperando e te vê de olhos fechados…
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