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Não sabia o que era sentir, mas apostava que não estava a sentir nada. Embora também não soubesse perfeitamente qual era a definição de nada.
Tudo era escuro e a minha pele estava arrepiada. Sentia-me estranha, doente até. O meu corpo envia-me sinais, sentimentos e sensações, mas, eu não era capaz de perceber como deveria reagir perante eles.
Era como se as linhas que uniam o meu cérebro ao meu corpo se tivessem quebrado. Eu própria me sentia quebrada, mesmo sem saber o que isso era.
O meu corpo agitava-se levemente sob uma superfície lisa e fria. Dos confins da minha mente surgiam palavras, tais como cama e lençóis, mas, não haviam imagens associadas a tais nomes.
Sentia um vazio imenso. Não sabia de onde vinha, ou para onde me levava, muito menos o que significava.
Muito lentamente, uma luz tremeluzente começou a surgir por detrás das minhas pálpebras.
Parte do que ando a escrever - Lembranças.
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