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- Abre – ordenou depositando o frasco debaixo do meu nariz.
Segurei o objeto nas minhas mãos pouco seguras. Desviei o meu olhar do seu e concentrei-me o frasco de vidro.
Agarrei-o mais firmemente e abri-o. Nada se alterou. O frasco aberto, parecia ser tão inexplicável – e inútil, como o era fechado.
- Não sentiste? – perguntou expectante.
Retirou a mão da minha bochecha e tomou as minhas mãos nas suas.
Sentou-se na beira da cama, e aproximou-se mais de mim. Esperava reconhecimento onde apenas havia confusão.
Encolhi os ombros, rendendo-me.
- És tu! Estás dentro do frasco! – o seu tom de voz aumentou gradualmente a cada palavra.
Esbugalhei os olhos. Mas de que raio falava ele?
- Vendaval…! – revirou os olhos.
Soltei uma gargalhada. Depressa este ato se revelou uma péssima ideia, uma vez que despontou um ataque compulsivo de tosse.
Nuno abanicou-me com uma das mãos, ao mesmo tempo que me soprava para a cara. Embora aquelas brisas de nada ajudassem sabiam bem quando se estava prestes a cuspir os pulmões.
Depressa o ataque de tosse se desvaneceu – tudo acabava mais rapidamente quando Nuno estava por perto.
- Dorme Vendaval – disse-me. – E fecha-te no frasco. Assim sabes que estarás sempre por cá.
Sorri ao de leve, deitei-me e adormeci, ainda com uma mão dele presa veementemente na minha.
When I’m about to blow the candles on my birthday cake and everybody is telling me I must make a wish, I just go into a tailspin. I’m thinking: what do I wish?, and I just can’t seem to think about anything. Then I close my eyes, take a deep breath and there comes my wish. I don’t know how to explain what goes on inside of me, but that’s what happens: breathing is the key to understand what’s really important to me.
Ela era apenas uma miúda tímida na escola. Gostava de cantar, mas não o fazia com frequência em frente aos outros.
Até o dia em que uma professora a levou para o coro e ela desabrochou.
Ela queria ser cantora. Escrevia letras e músicas. No entanto a sua vida familiar estava uma desordem.
Até ao dia em que decidiu ir para Los Angles tentar a sua sorte.
Ela tinha as malas cheias de sonhos e os bolsos vazios. Porém arranjou contactos e entregou CDs de Demos a editoras.
Até o dia que a sua casa ardeu e teve de voltar ao Texas de mãos a abanar.
Ela trabalhava num restaurante e era infeliz.
Até aos dia em que a equipa de um novo programa de televisão para jovens cantores montou praça na sua cidade e uma amiga a inscreveu.
Ela era apenas uma sonhadora. Até ao dia em que venceu o programa e se tornou um nome sonante da música.
Ela tinha idolos. Conheceu-os e no meio de trapalhadas e confusões e entes outras tantas coincidências trabalhou com eles
Ela era apenas uma promessa, até ao dia que conquistou o mundo...
Ela era apenas uma rapariga com más histórias de amor, de abandono e desgosto. Até ao dia em que encontrou o príncipe que em vez de cavalos, pilota avisões.
E já lá vão 10 anos de coincidências. Que venham mais, muitos MAIS!
Não mais te encontrei na porta da saudade.
Ouvi dizer que mudaste de ares, que agora és cliente de outras bandas.
Não mais te pus a vista em cima. Dissera-me, em segredo, que agora habitas as ruas da felicidade.
Por lá não passo, mas sei que aí há vasos cuidados de amor à janela.
Não mais me visitaste. Não mais te vi. Não mais por aqui andas.
No fundo, pensei que era eu, e eu não era. Pensava que eras tu, e tu não foste.
Suponha que seriamos nós, mas não mais fomos.
Resta-me abrir as portadas da saudade e esperar que um dia os pássaros cantem à minha porta como à tua cantaram.
Sem pressas, sem ressentimentos. Não mais me procuraste, não mais te quis. A vida é assim - cheia de nãos mais...
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