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Tenho limado as unhas. Muito. Até à exaustão – minha, delas e das limas.
Suponho que tenha descoberto que se as tiver curtas e pintadas não cedo à tentação de as roer.
Tenho saído muito, ou não saído de todo. Estou a viver de estremos.
Tenho lido muito – não os livros do costume, mas sites sem interesse cheios de promessas e nada de realidades. E tenho escrito muitos emails – oh que tantos foram e nada mudaram.
Tirei tempo para pensar. E já pensei muito. Talvez tenha feito grandes mudanças em mim sem saber. Às vezes essas coisas demoram a perceber.
O meu cabelo cresce rebeldemente pelas costas abaixo e eu deixo-o seguir o caminho que escolhe sem interferir. Haja alguém que possa fazer o que quer, sem imposições.
Hoje não fiz as malas. Se há três anos não as querias fazer, hoje gostava de sentir a sensação de me empacotar de novo. Mas, ele partiu, e agora não é só espaço psicológico que nos separa é terra, quilómetros e quilómetros de terra e vidas.
Sinto-me um fantasma. Por estas e pelas minhas bandas. Publico, não comento, nem respondo. Escrevo posts, textos e poemas em talões de supermercado e na pele, tal qual tatuagens a medo, com medo de os perder e de me apagar.
Tenho tanto a dizer, mas rareira a força anémica… rareia-me o eu, e eu e as palavras que ao saírem do coração e ao passarem pela boca perdem sentido, perdem velocidade, perdem-se, perdendo-me.
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