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Foram tantas lágrimas ali derramadas, tantas as que agora descansam no ralo da banheira.
Todas as dores, tantos os medos. Tudos ali assim, chorados.
Tanto amor em mágoa se tornou. Tantos sonhos mortos, tanta dor dizimada, poros sim, poros não. Poros sim.
Tantas outras vozes se alevantam, tantas outras vidas se afetam, se doem, se fartam. Se sofrem.
Foram tantas as lágrimas que ainda hoje se choram. Tantas que ao vento dos suspiros prolongados se perdem. São tantas, porquê tantas?
Queria que elas, essas lágrimas da alma, secasse. Que tu secasses – como te posso secar? Como te posso parar, quando te sinto tão afastada, tão só, tão amargurada. Fechada.
Como te alcanço se não sei como seguir em frente? Como te levanto se a minha força é menor, é pequena perante ti, mãe de todas as coisas que conheço.
São tantas, tantas as lágrimas que te caem sem cessar… quem me dera saber como para-las; parar o mundo e fazer-te sair. Daí, para aqui, onde és quente e amada.
Da Pull & Bear
Foram as cordas.
As cordas com que me prendeste ao teu tornozelo.
Foi nelas que me tiveste. Amarrada.
Foram cordas, as cordas da mentira.
Foi nelas me morri. De boca calada.
Foram as cordas, ó como sei que foram elas, elas que me matam, opressoras.
Foi lá, com elas, envoltas no meu pescoço que perdi o ar dos pulmões, e o meu coração parou.
Foram as cordas. Mas, foste tu, tu que me prendeste a elas.
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