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Olho-o de soslaio como quem pede explicações.
Perguntas mudas, cheias de significado.
Com o seu ar arrogante, agora bola gigante revistada a elástico azulado, faz-me sentir mais uma dor forte, tentando mostrar quem é o elo mias forte desta relação.
Se me deixasses em paz, e não me tivesses posto isto, por esta altura já te tinha deixado em paz! A culpa é tua! Já me conheces, devias saber…
Toco no joelho como forma de entendimento.
Eu sei, eu sei… daqui a nada ponho-te pomada, ok? Agora porta-te bem…
Sempre que mando um email um com o currículo anexado sinto um formigueiro no estômago.
Será que é desta que me respondem? Seria de bom gosto enviarem-me pelo menos um “não obrigada”…
Demasiadas perguntas que me tiram o sono.
Resisto à tentação de ir à internet ás 6h… - Nenhuma empresa abre a essa hora, Marina Ricardo!
Mas, e se me respondem, e querem fazer uma entrevista hoje?
Respiro fundo, remexo-me na cama, esforço-me por dormir. Fecho os olhos e conto as horas até a manha raiar.
Suponho que este é o sentimento de quem envia uma carta de amor.
A mesma adrenalina, o mesmo nervosismo.
Terei resposta? O meu amor é correspondido? Porra, não devia ter feito isto! Ele não me vai responder…. Sou mesmo parva… amo-o tanto… e se, ele me responde! Ómeudeus!
Mas, há amores assim, silenciosos. Que se pautam por longos e demorados silêncios.
E, por esta altura, mais do que nunca, pedidos de emprego são, legitimamente como as cartas de amor – quem os não tem.
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