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A vizinha dos meus avós mudou de casa deixando para trás a Micha, a gata.
Habituada a ser alimentada pela minha avó, a bichana ficou no pátio que sempre lhe pertencera – o do lado.
Importante será dizer que no que a procriar diz respeito, a Micha é aparentada com os coelhos – é rápida, eficaz e produz ninhadas consideráveis.
Por estes dias, já não sei ao certo quanto filhos teve – mas que metade da freguesia tem as suas crias em casa, lá isso tem!
Semanas depois de ter ficado “há sua mercê” no pátio ao lado, apercebo-nos que a Micha ia ser mãe novamente. A preocupação não foi grande – quem alimenta um, alimenta mais um ou dois…. Vários, uma vez que a Micha é coelha…
O tempo foi passando, e com os mios, baixinhos, percebemos quee a descendência felina já havia visto a luz do dia.
Dentro de casa - agora vazia – precisamente dentro de um armário, nasceram quatro gatinhos.
LINDOS! LINDOS! Pelo claro e olhos azuis (dois (duas) deles “gémeos), com exceção de um preto (em muto parecido com o meu Tobias).
Semana aqui, semana acolá, os pequenotes lá cresceram e a mãe (e a minha avó) trouxeram-nos cá para fora, para uma caminha improvisada debaixo da varanda.
Cada elemento da família – babados, babados que estávamos -, tinha o seu favorito, embora nem sempre o confessasse – a minha avó preferia uma das gémeas malhadinhas, traquina que só ela, já eu e a minha irmã deixamo-nos conquistar por uma gatinha angelical a quem chamamos Taylor Swift (muito em por causa do ar indefeso e dos olhinhos claros).
Ontem de manha, porém, a minha mãe – recém-chegada de casa da minha avó, anunciou, tristementes que apenas um dos gatinhos estava no pátio, a dormir, num dos vasos da minha avó.
Tentei descansar-me – decerto os outros estariam escondidos por entre os vasos a brincar, como de costume. Pensava na ausência da pequena Taylor, por quem havia desenvolvido um carinho especial, e a ideia não me agradava… em nada.
Em todo o caso, decidi confirmar. E, ainda nem tinha posto o pé para lá do portão de ferro, dei de caras com a fedelha minorca da Swift; mais adiante, a solhar, estava a Micha, ladeada por uma das gémeas.
Tenho de confessar que ver a homónima da interprete de “Love Story” me deixou deveras feliz. Ia-me custar muito deixar de a ver por ali, predizer o seu futuro incerto e desconhecido para além do pátio…
Quanto à irmã (por agora denominada Miranda (como a Lambert!)) apareceu à hora de almoço toda suja de óleo de motor e terra.
Aos outros gatinhos, desconhecemos o paradeiro – por enquanto. Esperamos que estejam bem. Tão bem quando as manas, a Taylor e a Miranda, e tão bem alimentados quanto a Micha, a dona do pátio ao lado.
(Taylor Swift)
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