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Estou a fazer um caderno de recortes e colagens.
Não sei se o estou a fazer bem, ou mal, se está bonito ou muito pelo contrário, feio, feio....
Só sei que com dedos com cola e tiras de jornal sobrepostas uma sob as outras, a minha mente sossega e deixo de me ouvir.
Só sei que assim, enquanto escrevo sob amontoados de papel, o meu coração esbatesse o batimento e a respiração estabiliza e eu fico mais perto de mim. Fico mais perto de casa…
Conjuntos de coisas parvas e na sua maioria de pouca utilidade que me alegravam a vida....
P.S. - JURO que não estou a pedir nada a ninguém! Apenas a fazer uma lista parva e a lamentar (e expor ao mundo) que sou pobrezinha!
Foi a pena, a pena que voou, a pena que alguém sentiu.
Foi a pena, a mesma que surgiu da mágoa de um pássaro de asa partida.
Foi a pena, essa que nasceu no parto de uma mãe órfã de amor.
Foi a pena, aquela que caiu do céu, pena de anjo, lágrima divina.
Foi pena minha. Pena tua e deles. Dor nossa, tida no conjunto das nossas almas dilaceradas, nesses corpos perdidos.
Foi a pena sem rumo, pena em nós. Pena que queríamos morrer, morrer dela, morrer sem ela. Foi pena, que pena é. Que pena não mais será.
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