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Se nos próximos tempos ouvirem falar de alguém ter sofrido de uma overdose de mentol, fui eu.
Ando a afogar-me em rebuçados do género para ver se apago a fogueira que decidiu arder na minha garganta.
Além disso, a febre já me amolece os ossos. Não se avizinham coisas boas por estas bandas, ai não, não.
Abanavas freneticamente a cabeça enquanto repetias o meu nome.
Procuravas resposta à pergunta que se impunha como barreira entre nós, ou, talvez, quem sabe, tentavas matar o tempo antes que ele nos matasse a nós.
Dos teus lábios aflorou um sorriso sincero, porém frouxo. Os meus olhos fixaram-se na tua boca, de onde ainda saia o meu nome como mantra em repetição.
É complicado, bufaste por entre suspiros arrastados, sem deixares, no entanto, de sorrir.
Eu sabia que o era, o mundo gira, e pessoas novas ocupam lugar das antigas. Novos corações batem e fazem unissom com o nosso. E, eu estava além do teu mundo, longe do teu coração, para lá de ti. Claro que era complicado.
Sorri-te e sorriste-me, e não mais tocamos no assunto. Não mais falamos, não mais nos vimos. Ficou o sorriso que calou as palavras que a boca não foi capaz de dizer, que o coração acabou por calar.
Porém, é quando em sonhos me apareces personificando sob aforma de perfeição e desejo que voltamos ao início. Quando pela mão me levas, dizendo, quanto te questiono porque fugimos, “Ela não és tu”, que lá voltamos. Ao início, ao ponto onde nunca estivemos, o ponto onde nunca haveremos de estar. Ao início.
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