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Ontem – qual montanha russa de sentimentos e cansaço adiei a minha opinião sobre o filme.
Sem desvendar nada, posso confessar orgulhosamente que não derramei uma só lágrima.
Mas, mesmo sem sal, nem tudo dentro daquela sala de cinema foi doce. Digo-vos com toda a franqueza, em determinado momento (quando virem o filme perceberão de que falo!),disse com o coração aos pulos e respiração ofegante, a quem me acampava “ Quero ir para casa. Já não aguento mais isto”. Sei que me tocaram ao de leve na perna e me disseram, “não penses no livro, desfruta o filme”.
Mas, foi torturante, porém acabou, aplausos suaram e “AAAAHHHHHHHH” de alívio fizeram-se ouvir, e TUDO fez sentido.
Vão amar o filme – os fãs, para esses para quem o filme é feito. Tem de tudo, o desespero, a dor, o choque, o amor, o romance, a união e a amizade.
Não o senti como o fim. Para mim, com toda a certeza não o será. Jamais nos despedimos de uma parte de nós, e Twilight é uma parte minha, uma parte importante que formou outras partes.
Nos últimos dias – os mesmos que somados perfazem cerca de uma semana, não vos contei tudo.
Suponho que tenha percebido há coisas que não são partilháveis, que para além de minhas são de outros. Nem tudo o que é meu me pertence de facto.
Aconteceram coisas inesperadas, coisas que não se programam, coisas que nos fazem repensar o significado da vida e nos fazem perceber como tudo é efémero e acaba em escassos suspiros.
Como já aqui vos disse – mais do que uma vez, suponho, a esperança é uma pesada capa e de quando em vez sabe bem despi-la e sermos os assim-assim, os remediados. Não vivo com esse principio – jamais o faria, mas há situações e situações e em algumas,
uma dose de frieza é bem vinda.
A verdade é que, semana passada, recebi uma carta de centro de (des)emprego informando-me que hoje tinha de comparecer a uma entrevista de emprego.
Não me senti triste, nem feliz, nem excitada nem, nem nada. Apontei o compromisso na agenda e deixei rolar. Não quis depositar fé em algo que poderia ser nada. E, verdade de seja dita, foi o ato mais inteligente que tive.
Em vez de uma entrevista, hoje, apresentei-me numa conferência de esclarecimento sobre as forças armadas. Cerca de trinta pessoas cheias de esperança que ao se depararem com aquele cenário esvaziaram como balões. É triste a forma como este tipo de processo é orientado. É triste ver a expressão de muitos que me acompanhavam – enfermeiros, jornalistas, futuros professores, que pensaram que iam a uma entrevista de emprego (conforme havaia sido descrito na convocatória) e afinal os mandavam para a tropa.
Quanto a mim, vazia como os outros, valeu-me uma gargalhadas neste tempo em muito é o que nos tira a vontade de sorrir.
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