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Acho que não somos uma família.
Somos uma unidade de gestão de crises.
As ondas levaram as pegadas deixadas no verão passado.
Andei de novo junto à margem e as marcas por meus pés deixadas levadas foram.
O mar levou meu passado, minhas passadas das suas areias.
Varreu minha vida e minha alma, meu andar e meu verão.
As ondas, valente água perfumada e espumosa, levaram-me, arrolada infinito adentro.
Andei em desespero, sem perceber o porquê de tal apagar de meus pés.
O mar, salpicando-me do seu sal curador, acalmou meu espirito.
Varrer passados, incitar futuros, vivendo presentes. É esta a sua razão de ser: não ser forte, mas fazermos sentir fortes e renovados, renascendo a cada passo.
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