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Talvez estivesse apenas cansada de ser a menina doente que não sabe nada de nada.
Talvez não fosse o tipo de pessoa em que me estava a tornar. Não queria ser frágil e chorar repetidas vezes na camisa de Nuno.
E se eu não o quisesse amar, nem viver um desses romances melosos? E se eu preferisse encontros casuais? Ou romances destrutivos e amaldiçoados?
Tantos e ses, ses, ses….
Estava cansada de ser eu. Queria apenas adormecer e ficar o escuro. Naquele primeiro escuro que me despertara para esta vida vazia e sem significados.
Era preferível apagar todas as memórias que havia formado até agora, todas as amizades construídas sob uma cama de pena e falta de memória. Trocaria tudo por um nome, por uma identidade vaga que fosse, um sopro de personalidade verdadeira e consciente.
Trocava o incerto doloroso que era, pelo incerto vazio de uma mente cheia de informações contraditórias, felizes e dolorosas.
Só queria dormir. Desaparecer. Sozinha.
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