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Que no dia em que souber usar eyeliner será uma mulher realizada.
Sempre que o sol desaparece do céu, vens-me à memória.
Talvez sejas apenas motivado pelos pensamentos enevoados, como o tempo.
Suponho onde estás e de que forma pensas nela, de que forma se molda o teu dia a dia ao dela.
Gosto de pensar em ti, longe, tão longe quanto o meu coração jamais seja capaz de alcançar. Gosto de pensar em ti no meio de multidões ziguezagueantes e tu perdido no meio delas, em ziguezague contrário, uma contramão de sentidos.
Queria que pensasses mais do que falasses e dissesses mais em olhar do que em dizer. São sonhos, como quaisquer outros.
Queria que a amasses, com sinceridade e devoção, e que capaz fosses de largar vida e morte por ela – não são todos os dias que podemos testemunhar amores desses, pois não?
Porém, o sol nasce em mim, e volto a deixar-te no canto mais sombrio do pensamento – as nuvens da confusão.
E, é que ficas, até ao próximo dia de tormenta
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