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De, Pandora
Em tempos dizia-se que a fase mais complicada na relação pais e filhos era a adolescência.
Os filhos regados de hormonas nunca são boa rês, e pais a viver nos 40’s já tiveram mais paciência para dramas pseudo-existênciais.
Porém, cheguei à conclusão que essa fase não é nada quando comparada com a que vivemos quando habitamos a casa dos 20.
Depois de – muitos de nós terem vivido cerca de três anos mais ou menos à nossa mercê, sem horários impostos, sem refeições certas e regimes familiares ordenados, voltar a casa pode ser complicado. Viver 24 sob 24 horas em família não é o mesmo que viver as cerca de 48 de um fim-de-semana – tempo que passávamos em casa enquanto estudantes.
As rotinas de pais e filhos demoram a afinar. É assim, duro, bom e verdadeiro, uma miscelânea complexa mas grande parte das vezes saborosa.
As discussões são diferentes: não somos adultos independentes, mas não somos crianças. Queremos demostrar o nosso ponto de vista, mas não podemos elevar a voz, porque no fim de contas “não estamos a falar com os amigos da escola” (o caso tem outros contornos negros quando já não andamos na escola, nem trabalhamos, onde apenas diferimos de um parasita pela nossa, não dele, motivação, vontade e frustração).
Ás vezes, fartos da vida a que os nossos progenitores chamam fácil, viramos as costas a aceitamos o facto de sermos os mal-criados da história. Às vezes é pior, outras é melhor; às vezes arrependemo-nos, outras nem por isso.
Problemas de gente grande, com duas décadas e uns pozinhos…. Um dia os nossos problemas foram os deles, um dia os deles serão os nossos - ciclos complexos da vida.
(Katy Perry, os 20's e parte da família)
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