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Gosto de te pintar em tela vazia. Só assim, preto sob branco.
Sem passado ou futuro, só tu presente, a linha grossa, a tinta guache.
Gosto de te ter assim, só entre a tela e o pincel, de te pintar assim, despido de ti, pintado a mim.
Sem régua, nem esquadro, só assim a traço livre e incerto ao ritmo descompassado de quem não usa compasso.
Gosto de te ter aqui, em dia de inspiração, em tela nova, a tinta conhecida, a pincel gasto.
Gosto de te ver assim colorido por mim, desbotado de ti.
Essa coisa de se ir em excursão familiar ao supermercado ao fim de semana é muito gira, muito fofa, mas cá para nós que ninguém nos ouve, devia ser abolida. Por lei. E condenada. Com pena de prisão perpétua.
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