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8:30 - Carro da mãe, estacionamento do supermercado.
Qual foi a minha ideia? AH! Já sei, queria (precisava!) de boleia e tenho de partilhar o carro com a minha mãe.
Daí passarem alguns minutos das 8 e eu estar num carro, quando podia (DEVIA!) estar na caminha e acordar daqui a mais ou menos uma hora – só entro ao serviço às 10, meus caros…!
O pior é que no estacionamento – sim, estou dentro do carro, no estacionamento, está uma ciganita (grávida?) a pedir esmola. Já me bateu três vezes no vidro, e eu, rodeada de folhas brancas (como esta), livros e lancheiras (a minha marmita!) abanei negativamente com a cabeça, enquanto repetia “Não, minha senhora, não”.
Mas, ela é persistente! Aposto que a senhora viu o pacote das minhas bolachas, este que está aqui no banco. Ela viu, já apontou para ele, que eu vi pelo canto do olho. Mas, ela já comeu um pão…. E eu queria uma bolacha…
Xô senhora, Xô!
AH! O segurança apareceu, e ela fugiu. Agora, já posso comer bolachas…!
Oh….
Tenho frio…. Preciso de um carro que me leve à hora certa para o trabalho… ou, então, preciso de um trabalho com horário normal… E, mais importante de tudo, preciso de dormir.
Um dia, sento-te aqui na mão e conto-te.
Falo-te de tudo o que os teus olhos não viram, onde os meus olhos viveram nesse tempo em que em mim estavas, sem nunca lá teres estado.
Um dia, quando te tirar do lado de dentro e te tiver sentado do lado de fora, digo-te o que se passou do lado de fora, enquanto estavas do lado de dentro.
Um dia, quando a guerra entre a razão e o coração acabar e for decretado o sessar fogo, eu conto-te, sento-te na mão e faço as palavras saírem.
Nesse dia, conto-te como morreu o nosso amor.
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