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Ela anda sempre tão cheia - como se lhe acrescentassem mais alguma coisa, ela pudesse explodir, rebentar. Mas, ela arranja sempre espaço para armazenar mais e mais coisas.
Deixou o coração navegar nesse mar salgado que lhe brotou dos olhos sem sessar, e perdeu-o. Tentou afogar essa dor e desde esse dia deixou de sonhar.
Passou pouco tempo, ela sabe, ela repete-o. Tudo o que corre mal, um dia correrá bem, ela sabe, ela repete-o. Porém ela nunca viveu para o depois; ela é tão agora. Ela é tão cheia, tão a abarrotar, tão perdida, tão coração afogado... tão vazia de estar tão cheia? Faz sentido?
Havia lá um girassol murcho.
E, é esta a metáfora de tudo isto: um girassol murcho.
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