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Eu não fervo em pouca água. Isso é coisa para quem tem paciência para esperar a chuva, ou que o copo tenha água suficiente para a tempestade começar.
Eu não preciso de água. Aliás, preciso de muito pouco - quase nada.
Sou um barril de pólvora de pavio curto, que, explode sem fogo e sem aviso.
Sei que sou assim. Tenho plena noção da minha natureza intempestiva e feroz, por fezes fria e agressiva. Sei que, no meio de uma discussão, vou dizer o que o outro não quer ouvir. Sei, porque grande parte das vezes, nem era aquilo que eu queria dizer. Mas, digo. E, está dito. Não posso retirar o que disse, nunca pude, nem nunca vou puder. E, isso tem-me ensinado muita coisa – mais que não seja a manter a boca fechada.
Não me arrependo do que digo (viveria de arrependimentos), em vez disso, tento minimizar os danos da minha explosão. Ajudo os feridos e tento compor o quadro que desordenei.
Tenho noção que não fervo em pouca água, que não preciso de água e que entro em auto-ebloição com frequência. Porém, sei também, que já fui pior, e, que, com cada furacão aprendo algo, me torno melhor e mais ponderada, que penso mais e que fato (ou grito) menos.
Conheço-me bem e sei as minhas falhas - e isso já é um bom princípio.
Há em mim fome de infinito.
Merece explicação: Esta música está todo o dia na minha cabeça. Acho que se entranhou, ou então, encheu-me as medidas - das duas, uma. Ou então, é mesmo uma coisa de esperança....
Esta está no top do meu soundtrack - e sempre estará.
Com um cheesecake (delicioso...)
(E eu nem gostava de cheesecake!!)
Uma colega minha - um AMOR de pessoa, foi posta de castigo no trabalho. Assim, como as crianças - castigada.
Esteve mais de uma semana sempre ao fecho (o que implica sair sempre tardíssimo do supermercado e trabalhar mais). Tudo porque, uma vez, fechou a caixa, na sua hora de saída, sem pedir autorização à chefia (coisas que temos sempre de fazer – e não, não percebo porquê).
Mesmo sabendo as regras - e mesmo sem concordar com elas, esforço-me sempre por cumpri-las. Não por medo (não tenho medo de ninguém), mas, porque respeito o trabalho dos outros.
Sou muito crítica em relação a este tipo de situações - não compreendo as atitudes dissimuladas e os castigos, quando todos temos idade suficiente para assimilarmos informação. Somos crescidos, capazes de conversar e argumentar uns com os outros…
Suponho que, a minha cabeça, nunca tenha percebido a autoridade. Ou, por outras palavras, a minha cabeça sempre percebeu, mas nunca compreendeu o porquê de termos uns de mandar nos outros.
Claro que é melhor mandar do que ser mandado - é mais vantajoso, compreendemos com a idade.
Mas, grande parte das vezes, não compreendo os comportamentos soberanos. Aquela ideia de que devemos ter medo de quem manda e temer as suas atitudes sempre me fez espécie – sou uma esquisita.
Sou pela sinceridade, pela frontalidade e, acima de tudo, pelo respeito. E há falta dos três, aqui e ali.
E é esta.
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