Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Pensávamos que tínhamos a eternidade. Mas, a eternidade não é tempo, não se conta.
Há um ano, estava a viver o meu último dia em Vila Real, aquele que durou 48 horas. O dobrado, o especial. O da saudade, o nosso.
De todas as coisas estupidas que eu faço - de vez em quando-, esta deve ser a pior. Pensar em ti.
O mais irreal neste processo todo é que eu já nem conheço a tua cara (parvo, não é?!?). Às vezes, no meio desses pensamentos, costumo achar que se te vir na rua, não te reconheço. Passaram o quê? Três anos desde que cortamos contacto completamente. (Já agora, sempre te quis perguntar: porque deixaste de me responder aos emails?).
Aconteceu tanta coisa… tanta… há tantas vidas entre nós. Vidas paralelas que jamais podiam coexistir, interligarem-se.
Por isso, quando penso em ti, expiro sempre profundamente, na esperança de que, algum dia, com o ar, tu sais também. Não sais.
Como, ás vezes, pesa este meu coração teu.
Passei a tarde a pintar uma casa.
Tenho que admitir que as artes (ou as obras!) perderam um talento.
(O que não se faz pela melhor amiga ❤)
A Marina é boa miúda. Tem cabelos longos, assim pelo meio das costas.
Tenta ser sempre simpática e ferve sem água. Tem sempre a resposta na ponta da língua. É cheia de silêncios e de confusão.
Tem uma personalidade do caraças e uma atitude que valha-me deus. É das duras - daqueles sapos que custam a engolir.
Gosta de escrever, de ler e de ver. É maluca por música – principalmente a dos corações alheios. Essa sim, deixa-a de sorriso na cara!
Quer tudo, por tudo, sem nada. É dela, não é de ninguém, não quer pertença.
A Marina é boa miúda. Cortou o cabelo e quer o mundo. Para ontem, que hoje já é tarde.
(A Marina)
Com o tempo aprendemos a relativizar as coisas. Os tipos de maçãs deixam de ser cruciais e se nos enganarmos somos capazes de -sozinhos, resolvermos o erro.
Sabemos códigos de cor e de como descontar os vales mais estranhos. Sabemos deixar o cliente feliz e a chefe descansada.
Estamos por nossa conta e cientes que há mais gente a tentar mandar em nós do que para fazer o nossa trabalho.
Vai haver sempre alguém que te vai dizer que o que estás a fazer está incorreto. Que não é assim, que é assado. E vais andar a fazer recados, no armazém, a carregar caixas e cestos e produtos e iogurtes rebentados e ovos podres.
Vai haver sempre alguém para te mandar fazer coisas - pouca gente para te ensinar.
É uma selva de gente maluca - uma selva boa, uma selva má. Depende do dia e da disposição. Depende sempre. O importante é relativizar tudo.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.