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Naufragaram meus sentimentos nesse fosso de mar, ao largo da praia da ausência.
Quais barcos encalhados, presos entre as rochas do tempo, esses que nos prendem amarras – perdemos o rumo.
Naufragamos - eu e tu, meu amor, em cais diferentes, nesse oceano que nos separa.
Foram as ondas e o mar. Ou talvez tenha sido o vendo ou as marés. Ou, então foram os barcos, fomos nós que naufragamos sós.
Naufragamos sós, meu amor.
A minha irmã vai a um baile de finalistas.
Ontem encontrei lá no trabalho a mãe de uma rapariga que andou comigo na escola. Algures no meio de uma troca de palavras rápida, perguntou-me “E os estudos?”.
Ora, respondi, claro está: “já os acabei”.
Com olhar assim para o triste, disse “ E o mestrado?”. Respondi, serena (ó que calma estava), “Sempre quis trabalhar na minha área primeiro antes de tirar o mestrado. Como ainda não trabalhei, estou aqui enquanto não arranjo nada na minha área.” (podia ter respondido “Estou a fazer dinheiro para ir ver o mundo”, mas, não ando por aí a contar os meus sonhos obscuros a pessoas que vejo uma vez de dez em dez anos).
Sorri-me de modo afetado, e mandou beijinhos à minha mãe. Agradeci, e ela apressou-se a ir embora.
Às vezes fico sem saber como reagir a estas perguntas. Há tantas ideias preconcebidas, tantos mitos... Tantas coisas que devemos ou não devemos fazer - leis que nos querem fazer cumprir.
Somos mais que um curso, mais que um nome. Somos um conjunto de coisas -a profissão é só mais uma delas.
Das ruas do mundo.
“Our whole life we’re driven to find our soulmate, but what if we got it all wrong? Even the greatest love story of all time: What if the greatest tragedy of Romeo & Juliet wasn’t that they died… But that they lived.”
Troian Bellisario
365 dias. Foi esta a soma das horas do ano passado. Uma data de semanas, uma porrada de tempo em que te esperei e não apareceste. Uma imensidão de meses em que te procurei e fui mal sucedida.
É um ano fracassado, não é? Um ano de espera - só de espera. O pior é que em todos esses dias em que te esperava, te queria esquecer. Mas, o meu coração é tão grande, tão profundo, tão retorcido, tão cheio de poços que acabas sempre por te esconder e não te consigo arrancar de lá – sempre foste um teimoso do pior.
Nem por um segundo vi essa cara que agora desconheço. Nem por um momento os meus olhos, enquanto acordados e abertos, te viram. É um ano fracassado, não é? Pelo menos no campo amor... ou da espera...
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