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Depois da saga do dedo encurralado entre dois ferros (dedo que ainda não esta 100% recuperado), hoje caiu-me uma caixa (cheiinhaaa de dinheiro) em sima de um pé.
Uns três quilos que acharam que podiam voar e que seria alegremente recebidos pelo meu pé…
Não me perguntem como é que estas coisas acontecem: nem eu sei, mas acontecem e doem sempre como tudo.
Tenho a unha negra e dói como um raio...
E sim, ainda trabalho num supermercado, e não, aquilo não é um campo minado.
Foram precisos milhares de quilómetros e rios de lágrimas.
Ela qué-lo ali. Perto dela, dentro dela. Nela.
Nunca lhe bastaram anúncios e promessas. Pregões de felicidade. Ela quer tudo para ontem.
Chega sempre atrasada. Mas, por ele apronta-se cedo, mesmo que isso, nela, seja contranatura.
Por ele deixou o cabelo crescer -e só ela sabe o quanto desfrutava a liberdade quando tinha aqueles fios pequenos e revoltos.
Ela contradiz-se nele, erra por ele, sobre ele. Por aquela esperança vã de amor para a vida.
Mas, ele –alheio aquela devoção- teima em escorrer-lhe, furtivo por entre os dedos, para fora do coração.
Ela agarra-o. Ata-o com um fio inseguro a ela, à sua cintura. Põe-no no bolso, guarda-o como recordação.
Porque ela sabe que, no fim de um dia, é só isso que ele é – recordação. Recordação de nada que podia ser tudo, de tudo que nada foi.
Oh Príncipe Harry...
Não que eu ache que te vá encontrar por aí, sozinho numa rua fria, numa dessas noites em que me quero perder o mundo.
Nunca pensei que estivesses só ou o sofrer. Imagino-te sempre a sorrir, acompanhado por gente bonita e equilibrada.
Mas, a minha mente não te vê nas ausências, nos medos, nas noites em que sentes frio - aí dentro, lá dentro.
Não acho que te vá encontrar nas ruas da saudade, mas acho que me podias acompanhar num adas minhas vistas. Quem sabe se não te encontras por lá, no lado de fora do meu coração.
Ás vezes gostava de ser menos tempestade e mais mar sereno.
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