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Nunca tive medo de ninguém (tive medo do Marcelo, na primeira classe (ele estava na quarta), porque ele me fazia caretas, mas isso já lá vai muito ano).
Isto porque, acho que, sempre defini o medo como algo abstrato: tenho medo de morrer, mas ainda não lá cheguei, tenho medo de perder, mais ainda não estou perto disso. Tenho medos parvos, como toda a gente –e se perco o telemóvel?, e se me engano?, e se aquele tipo me assalta? Que medo. Mas, no que pessoas diz respeito, ninguém me assusta a ponto de me fazer duvidar de mim mesma e das minhas convicções.
Nunca vivi no culto do medo - daquela coisa de ter medo do pai ou da mãe. Sempre me ensinaram que o respeito pelo outro era melhor do que ter receio dele - sou pelas palavras, pelo diálogo, pelo preto no branco.
Sim, tenho muitos macacos no sótão, sou complicada o bastante, e até mais que isso, mas sou livre e descomplexada. Tento ser leve e deixar-me levar pelo instinto e coração.
Nunca tive medo de ninguém. Nem tenho - só tenho medo de ratos e de me transformar num. Rais'partam os roedores e os que nos querem transformar num deles!
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