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Ela andava sempre doente. Doía-lhe aqui. E ali. E mais acolá. Tinha sempre dores novas a juntar a maleitas antigas. Diziam-lhe que era impressão dela; que era impossível alguém tão novo ter tantas dores. Ela calava mas não consentia.
Doía-lhe tudo, doía-lhe o nada. Sabia que tinha dores no corpo. Dores que lhe tiravam o son(h)o, tal qual preocupações.
Fez longos caminhos, foi ao médico e, até equacionou ir á bruxa para se sentir leve outra vez. Foi ao campo e á beira rio, respirou o ar puro do mar - ainda lhe doía ali. E aqui, e mais acolá.
Mas, foi quando, num dia chuvoso, remendou aquele furo antigo no coração que a alma se curou e ela fico livre. Livre, livre, livre…
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