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Despertamos a Primavera numa noite fria de Outono

por Marina Ricardo, em 30.11.13

Ontem eu e a F, minha fiel escudeira, sairmos apressadas do trabalho e fomos ao teatro. Já tínhamos os bilhetes há uns meses: mal soubemos que iriamos poder ver Spring Awakening em Portugal, e relativamente perto de casa, não hesitamos.

Importa dizer para o caso que a versão americana do musical, que foi um massivo sucesso na Broadway, era protagonizada pela ! da Lea Michele (que está numa escala de amor para a F. no lugar Kelly Clarkson do meu coração).

A peça é magnífica (atual e sem tabus),  as músicas são soberbas e a produção lusa em nada deve a outras internacionais - e as vozes dos atores? UI! (E, houve momentos em que me emocionei (MUITO!)).

Se, tiverem oportunidade, vão ao teatro e vejam O Despertar da Primavera - não se vão arrepender.

 

publicado às 22:27

2h

por Marina Ricardo, em 30.11.13

- Sabes onde estamos? - dizia ela, atrás do volante, falando por cima da muúsica alta da rádio. - Estamos perdidas outra vez...

A verdade é que andávamos há uma hora, mais coisa, menos coisas, às voltas. Literalmente às voltas.

- Estamos numa estrada. - a mesma onde estivemos à pouco, mas em sentido contrário, pensei.

- Vês? - perguntei- Luzes de Natal. Estamos numa terra onde as pessoas gostam no Natal, logo têm Jesus no coração. TUDO Boa gente.

Rimos, cantamos e seguimos viagem - ás voltas, por mais um (longo) tempo.

O relógio avançava em direção às 2h e eramos felizes.

 

publicado às 15:47

Oh, love, love

por Marina Ricardo, em 29.11.13

publicado às 01:16

Para a Vera

por Marina Ricardo, em 28.11.13

Nunca fiz assim nada de muito especial. Trabalho, ajudo no que posso, faço das tripas coração por tudo e por nada e, de vez em quando, quando a inspiração mo permite, escrevo.

Tenho muitos sonhos amalucados, vontades estranhas e gostos sui generis. Não gosto de me encarar como mais uma, mas, a verdade é que não sou assim nada de especial. Sou especial à minha meneira, porém não sou em pedaço de mau caminha na especialidade. 

Por isso, às vezes pergunto-me, como é que as pessoas podem de facto gostar de mim. Não, não sou daquele tipo que espera palavras bonitas, porque eu própria não as digo - jamais me vão ouvir chamar querida ou fofa a alguém no meio de um discurso (a não ser que esteja a ser irónica).

Não dou muitos beijinhos, rio-me muito alto, é possível que tenha borbulhas e as unhas mal pintadas. Sou uma confusão que gera confusão.

Por isso, não posso deixar de ficar surpreendia quando me fazem provas de amor.

Uma das coisas que aprendi aqui no blog é que o amor pode ser demostrado de muitas formas, e que, por estas bandas, o amor é mesmo cego, na medida em que nos preocupamos uns com os outros sem, de facto, nos conhecermos. Amor cego e inocente. Amamos as pessoas pelo que elas escrevem, como elas se espoem por letras (devo adiantar, que esta deve ser das formas mais bonitas de se amar). Vai daí, enviamos beijinhos e abraços dentro de envelopes ou por comentários.

No início, aqui o mentiras não era destinado a fazer amizades (ou seria?), e, sinceramente, nunca esperei proximidade com nenhum de vocês. Mas, dias atrás de dias, textos atrás de textos, cometários e emails depois, certo é que nos fomos apaixonando uns pelos outros, fomos torcendo uns pelos outros. Amizades despretensiosas, verdadeiras, misteriosas e completamente malucas.

Sem perceber bem porquê, estabeleci uma relação assim com a Vera. A Vera é assim mais ou menos como eu - uma confusão cheia de confusões. Trabalhamos as duas em coisas completamente fora de contexto, e juntamos dinheiro para coisas que um dia nos faram felizes. Sei, com toda a certeza que ela é mais corajosa que eu. Ou melhor, eu já fui corajosa como ela, mas acobardei-me e ela não (dêem-me tento que eu volto a acordar).

Nunca vi a Vera, e a Vera nunca me viu a mim. Ela acha-me parecida com a Kristen e eu acho que ela é uma Diva gira que farta. Gosto muito dela, mesmo não sabendo nada dela.

A Vera surpreende-me todos os dias - em especial nos dias em que, depois de se apoderar ilegalmente da minha morada, me envia prendas.

Por isso, hoje, em vez de a repreender por gastar dinheiro comigo, vou chamar-lhe querida e fofa e dar-lhe beijinhos e abraços – Vera só faço isto por ti!

Obrigada, obrigada, obrigada!  

 

(E, não é que ela me conhece mesmo BEM?)

publicado às 16:17

meias esburacadas

por Marina Ricardo, em 28.11.13

Viajava na mão dele. De lá para cá, nesse dá e larga que é o amor.

Dançava-lhe entre os dedos, enquanto tentava acompanhar-lhe a música do coração.

Agarrava-se a ele como se o mundo dela disso dependesse - dele. E dependia.

Queria tanto ser tanto dele como o tinha como dela. Queria-o tanto que o amor lhe parecia pequeno para o descrever. Queria-o tanto que doía, que magoava, tanto querer.

Queria ama-lo, chora-lo, tê-lo, tudo na mesma frase, sem virgulas ou pontos finais. Tudo sem parar. Em repetição.

Queria-o tanto. Tanto. Que se esqueceu de se querer. Esqueceu de se amar por amor a ele.

Não sabia ela que para o amar, tinha de se amar, amar os defeitos e as meias rotas. E ela nunca percebeu porque usava meias esburacadas... mas, veio a saber que lhe ficariam bem com o coração partido que ele, um dia, lhe deixara.

 

publicado às 01:27

Eu no IKEA

por Marina Ricardo, em 27.11.13

publicado às 23:00

frio

por Marina Ricardo, em 27.11.13

Tem os pés frios, como fria lhe anda a esperança.

publicado às 01:00

O choro

por Marina Ricardo, em 26.11.13

Deixa-se ficar sentada. Sem adormecer. Sem se incomodar em limpar as lágrimas que lhe varrem a face.

Deixa-se escorregar pelos lençóis de inferno - afoga-se.

Fica-se ali - mergulhada - naco de carne fria em mar de mágoa imenso.

Tenta ver através da janela negra, que tanto se lhe parece com o coração, e não consegue - pobre cega da alma.

Remexe as memórias, abana as lembranças  mistura-as num shot quente que lhe desce garganta abaixo, peito acima - onda forte que lhe rebenta, sem dó, na cabeça zonza.

Perde-se em perguntas, labirintos velhos, com caminhos sempre novos.

Queria ela morrer ou matar a transparência que a envolve, aquela pelicula fina de papel gasto - que ela não é.

Queria ela o fim - do choro.



publicado às 22:07

Ladrão de mantas alheias

por Marina Ricardo, em 26.11.13

Tobias.

publicado às 17:57

Desconhece conhecendo

por Marina Ricardo, em 26.11.13

Queria ela chama-lo pelo nome. Trata-lo por tu e esquecer as mordomias de quem se desconhece conhecendo.

Queria ela doma-lo. Guarda-lo em uma caixa de veludo. Usa-lo no dedo, como anel.

Mas não sabia ela que o amor não se põe no bolso, não se guarda.

Não sabia ela o que era o amor.



publicado às 00:07

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