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Perdi a noção do tempo. Ou melhor, quis perder-me no tempo em que me faltas. Porque na verdade, a sensação de perda, de falta nunca amaina.
Sinto a tua falta. Nem mais nem menos. Numa constante, que, de quando em vez, traz ondas e marés vivas.
Um dia escrevi, atrás de uma conta de supermercado, qualquer coisa como "não temos saudades, as saudades têm-nos a nós".
Talvez o tenha escrito quando cheguei ao trabalho, ainda no parque de estacionamento. Tenho muitas marés entre carros desconhecidos.
Ligo o rádio que, cheio de interferências, me deixa com uma nostalgia danada.
Acredito que esta tenha sido das coisas mais verdadeiras e reais que alguma vez transformei em letras escritas. Das mais cruas, das que mais dói. A saudade. Sempre a saudade. Às vezes, choro, outras vezes rio. Rir perante a saudade é das coisas mais saborosas que existe. Reviver tanto as boas memórias, senti-las na pele, vesti-las de tal forma que uma alegria toma conta de nós. Saudade, que saudades…
Sei que há uns meses tenho um coração mais apertado. Feliz, mas incompleto. Grande, mas recortado. O meu coração vai continuar a crescer, mas será, para sempre disforme. Sei que vai ser sempre assim. Isso não vai mudar.
Sinto-te aqui. Sempre. Mas, sempre senti, e isso também não vai mudar.
Torces por mim, na mesma medida em que eu estou sempre a torcer por ti.
Às vezes chamam-me menina no trabalho. Sorriem-me com olhos meigos e gestos conhecidos.
És tu, não és? És, que raio de pergunta a minha!
A Beyonce vem a Portugal. Vai dar dois concertos. Hoje, do nada, lança um Cd.
Damn! Tenho mesmo de ver esta mulher ao vivo e a cores!
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