Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Sai de casa aos 17 anos. Mala na mão, mochila ao ombro. Levei pouco dinheiro no bolso, sempre meia dúzia de trocados, mas sempre levei o coração cheio.
Claro está que nada foi fácil. Ou melhor muito pouco foi fácil.
Perdi-me muitas vezes. Dentro da cidade nova e dentro de mim. De todas essas vezes, mantive olhos novos e mente leve.
Sempre tive medo dos becos escuros (“E se me salta um ladrão dali?” “Se a minha mãe soubesse que estou perdida, sozinha, a estas horas!”), mas, sempre me safei. Sou boa a safar-me, e por vezes até consigo ser rápida a safar-me. A vida ensinou-me muitas vielas, e o vaguear muitas ruas secundárias.
Acho que sempre foi assim que cresci – por atalhos, pelo caminho mais longo. Dói mais, mas a vista é melhor – assim vale a pena, ó se vale.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.