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Há mais ou menos um ano escrevi aqui um texto em que, em linhas, gerais, dizia que estava sempre a faltar-me algo.
Não era uma sensação material: não me falta aquela camisola, aquele CD, aquele anel, aquele telemóvel- faltava-me sempre aquilo.
O pior, é que, mesmo com um ano decorrido, continua a faltar-me qualquer coisa.
Tenho um buraco no estômago, algo bem maior do que a gastrite, outro no coração, outro para além da saudade. Arde-me o cérebro, sinto-me zonza. Uma panóplia de sintomas sem fim e sem fim à vista.
Falta-me algo. Só não sei o quê. Nem sei onde procurar, nem como tapar os buracos neste corpo que sente falta de alguma coisa.
Sinto que estou presa não sei a quê, estou livre não sei para quê. Quero ir não sei para onde. E, falta-me sempre algo. Ou alguém. Ou alguma coisa... Sempre.
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