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Se me soubesses de cor, talvez, ás vezes, eu me pudesse esquecer.
Vou ter uma semana de férias este mês. Há um ano que não tenho férias.
E, se em dias de trabalho pedia férias aos céus, quando me deram férias, entrei em colapso interno. O que vou fazer em uma semana? (minto o que pensei em primeiro lugar foi: aposto que me vão despedir! Ai-Credo-ai-Credo!).
Tenho um pânico alarmado quando penso que vou ficar sem trabalhar. Já não sei o que isso é e só a ideia me dá calafrios. Desempregada. Outra vez. Pesadelo.
Não vou mentir a mim mesma e dizer que se não estivesse a trabalhar não me empenharia mais na procura de um emprego na minha área - eu sei que estaria. Perderia muito mais tempo a pesquisar e a enviar emails. Mas, a verdade é que me deixei andar e agora estou na eminência de voltar à estaca zero. Eu sei disso tudo. Sei e não me culpo – se o fizesse não vivia. Estou tão perdida, tão confusa e, por vezes, tão vazia, que estas pausas e arranques me sabem bem, me fazem falta.
Estou doente - gripes, estômagos e gargantas, mas, o que me doí mais é a preocupação.
Porém, se a ânsia do trabalho me consome, a ânsia de ver o mundo arde-me. Queria ir ver qualquer coisa que me enchesse os olhos nas férias. Se mais não for, voltou a viajar cá dentro e a acalmar o temporal. E, esperar. Esperar.
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