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Não sou uma pessoa compreensiva. Não compreendo muita coisa e há outras coisas que não quero compreender. Não dou desculpas às pessoas, não finjo que estou contente com alguém quando não estou. Não finjo que gosto de alguém quando na verdade não o faço.
Não finjo com as pessoas que gosto. Nenhum amigo me viu fingir. Não para eles. Amor e fingimento, na mesma frase não se conjuga.
Mas, sou respeitosa e civilizada. Nunca, em toda a minha vida, tratei mal uma pessoa pelo simples gosto de o fazer.
Por isso, às vezes fecho a boca. Poiso o telemóvel e nem abro as redes sociais. Largo a chave do carro que não me pertence.
Deixo de dispensar tempo real aos que deixei de compreender - ou de querer compreender. Mas, não deixo de me preocupar com eles. Na ausência. Sem desculpa e com a mágoa na garganta, pronta a soltar-se mal a boca se abra.
Fecho a boca e finjo que não penso. Mas, penso. Mas, de boca fechada.
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