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O medo é branco. Pensa ela sempre que, noite a adentro, olha para aquelas páginas em branco. Escrever é colorido ou negro. Mas, o medo de o fazer é branco. Vazio, branco.
Um dia, disseram-lhe que branco era paz. Mas, saberiam eles, que ela, um dia, sentada à secretária estaria com medo? Branca. Rodeada de páginas brancas, com medo?
Talvez pensassem eles que negro eram as trevas. Mas, saberiam eles do prazer do escrever, tinta preta em papel branco? Decerto gostariam do imaculado do branco. Ao contrário dela que sempre preferiu gatafunhos.
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