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Senti-me amada, era uma sensação quente, nova, para aquele corpo esquecido.
Nuno estudava a minha expressão sorridente e calada, decerto surpreendido pelo meu silêncio, ou então mantinha-se também ele em silêncio porque me percebia. Não sabia como, mas ele, quase sempre, me percebia. Aceitação. Esta também era uma sensação nova.
Sentia uma adrenalina nova espalhar-se dentro de mim. Ia finalmente começar a viver. Tinha vontade de sair de casa, ver a cidade, as casas dos outros, procurar coisas que os meus olhos jamais tinham visto. Conhecer pessoas, novas histórias. Novas chuvas e ventos, quem sabe sóis. Ver flores nascer, rios. O mar. Ver tudo, ver tudo o que o mundo tinha para mostrar naquela noite.
Mas, por agora, ia começar por jantar.
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