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O amor andava a falar-lhe ao ouvido. Há anos que o fazia. Sussurros baixos, insistentes, ritmados. Interruptos.
Falava-lhe em voz baixa. Cócega na orelha. Comichão no tímpano.
O amor andava ao tempo de uma vida a dois, que ela não vivera, a falar-lhe ao ouvido.
Talvez, um dia, no meio de um dia longo, o oiça. Atentamente. Pela primeira.
E, aí, nesse dia, deixará de perseguir o amor e perceber que o amor lhe anda a falar ao ouvido há tempo suficiente para ela o ouvir. Para ela o encontrar.
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