As Mentiras Que Te Vou Contando....

Pensei que o dia ia ser mais longo. Mais difícil. Foi, apenas e só, mais um dia de trabalho. Com as pessoas simpáticas, com os mal-humorados se sempre, com os apressados do costume. Mais um dia de muito trabalho e em que alguém não quis juntar um saco de farinha com pilhas porque as pilhas podem avariar se levassem com farinha (não estivessem ambos embalados).

E, depois, fiz tudo pela última vez. Dei trocos e pedi moedas. E disse até à próxima, mesmo sem saber se haveria uma próxima.

Aprendi muito nestes longos meses. Um ano. Mais seis meses. Mudei tanto. Cresci tanto. Sou mais adulta agora.

Ouvi muitas coisas bonitas. Ouvi muitas coisas horríveis. Conservo as coisas boas, as pessoas boas. Dei sempre o meu melhor, e orgulho-me de ter saído da minha zona de conforto e de ter enfrentado desafios, longe do que diziam ser correto. Orgulho-me de ter saído e posto mãos à obra.

Vou ter saudades destes tempos. Já tenho saudades.

Fecho os olhos e imploro por coisas boas. Quero que entrem sem tardar, sem medo. Medo meu, que dispenso.

Ando com muitas ideias e a (tentar) evitar pensamentos nervosos e negativos.

Mas, por agora, vou tirar uma semana para mim. Uma semana sem preocupações, sem pensar. Uma semana de férias. Depois, depois, logo se vê.

(Adeus cacifo!)

Hoje é o último dia. Não é um dia fácil.